Ninguém gosta de escancarar suas fraquezas. Mostrar
medos, temores e fragilidades implica em saber lidar com reprovações. A
franqueza assusta e inibe. Aos olhos dos outros queremos sempre parecer fortes,
capazes e felizes. Parte disto pode ser creditado a publicidade que dita um
molde de vida perfeita em que imagem é tudo. Quem não se lembra da família
feliz estampada em campanhas de margarina e pasta de dente?
Escondemos nossas fraquezas e paranóias por medo de
não sermos aceitos, sermos criticados e rejeitados. É natural do ser humano
buscar identificação e aceitação da sociedade em que vive.
Mas difícil mesmo é conseguir admitir o nosso lado B.
O lado mais obscuro, feio, estranho e esquisito que a gente costuma esconder de
todos, até de nós mesmos. E isto é um erro. Detectar e admitir que temos
limitações nos torna antes de mais nada, mais humanos e condescendentes com os
erros e deslizes alheios.
Só quem se conhece e se aceita por inteiro, de todos
os ângulos, faces e com todas as ressalvas, pode se propor a melhorar o que não
gosta e aí sim, sem fingimento, se tornar uma pessoa melhor.
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