sexta-feira, 20 de julho de 2012

DESINTELIGÊNCIA


                                                                                   O Grito / Edvard Munch


Desinteligência. Chamou minha atenção este termo ao ouvi-lo num programa de televisão em que mostra a rotina da polícia durante as madrugadas da borbulhante e frenética São Paulo.

Em meio a inúmeras ocorrências como brigas de família, barracos entre vizinhos, pais bêbados dando vexame em frente aos filhos, os policiais empregaram por diversas vezes e muito sabiamente esta expressão ao longo da noite. Não chega a ser uma ofensa, mas incomoda.

Ninguém está livre de ser desinteligente. Um espertinho que fura a fila do banco, lhe cortar a frente no trânsito, a falta de educação pode custar nossa sanidade e um belo chute no balde. Quando o sangue sobe a última coisa que pensamos é na moderação, no auto controle e em ter cautela. Ser desinteligente é brigar, gritar e magoar quem a gente ama sendo que uma conversa séria e madura poderia evitar dores de cabeça, de consciência e de coração.

As favas para a desinteligência! Ela é inimiga do auto controle, do equilíbrio, da prudência. É preciso negociar com a tinhosa, não deixar que ela nos vença assim tão fácil. É preciso respirar fundo, dimensionar o tamanho da encrenca, ver se vale mesmo a pena rodar a baiana.

O médium Xico Xavier já aconselhava aos mais impetuosos tomar um copo d`água antes de se precipitar. Cada gole serve para frear o impulso, aos poucos lhe acalmar. Quem bebe água não tem capacidade para esbravejar, xingar. Quem sabe, se ao terminar o copo, você já consiga raciocinar e impedir que a sua desinteligência perpetue! Touché!

Ninguém está dizendo aqui para você ser um banana que a nada reage. Nada disto. Existem alternativas bastante eficazes e menos desgastantes do que parar de pensar e partir pra cima. A indiferença, o desdém, o descaso costumam ser uma boa resposta. O desprezo então, um tapa de luva de pelica.





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