quarta-feira, 25 de julho de 2012

BEM LONGE DAQUI




Você já deve ter lido ou ouvido a máxima que, para um homem se sentir realizado na vida é preciso plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho. Pode até  ser, mas nesta lista incluo também um item fundamental: viajar! Viajar è preciso tanto quanto plantar, escrever e procriar. Saindo da nossa zona de conforto aprendemos mais sobre nós. Nos tornamos mais independentes, menos preconceituosos e complacentes em aceitar outras culturas, outras formas de pensar e de viver. 

Reciclamos ideias, nos reinventamos, descobrimos quem realmente somos. Longe de casa, nos desengessamos de moldes comportamentais impostos e por muitas vezes ultrapassados e, sem estas referências que nos dão uma falsa segurança, nos questionamos mais. Será  que eu gosto mesmo disto ou eu não me dei a oportunidade de conhecer além disto? 

Enquanto viajantes, deixamos a frescura em casa e dentro da mochila abrimos espaço para experimentar.  È so lembrar das senssações que as viagens causam em nós, daquela euforia da chegada e a nostalgia da partida. Com uma máquina fotográfica  em punho e as retinas bem abertas, nosso espírito aventureiro emerge e tudo o que importa è absorver ao máximo o diferente, o inusitado, o novo e levar um pouquinho disto tudo pra dentro de  nós.

Caminhamos mais quando viajamos. Nos arriscamos mais em programas que não faríamos na nossa cidade, no nosso meio. Pegamos trem, ônibus e metrô sem nada de encucação porque o foco está  no passeio, não  no transporte, aliás, o que nos conduz faz parte do passeio. Olhamos mais pros outros na rua, como se vestem, se comportam, a maneira que falam e gesticulam. 

Quando viajamos nos libertamos de nós mesmos. Daquela pessoa enraizada que não  se permite muito e se cobra tanto. Quando saímos  do nosso habitat nos permitimos oxigenar pensamentos e, ao voltar pra casa, tudo o que queremos è sonhar e planejar um próximo encontro com a gente bem longe de casa.


 

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