Você já deve
ter lido ou ouvido a máxima que, para um homem se sentir realizado na
vida é preciso plantar uma árvore,
escrever um livro e ter um filho. Pode até ser, mas nesta lista incluo
também um item fundamental: viajar! Viajar è preciso tanto quanto
plantar, escrever e procriar. Saindo da nossa zona de conforto aprendemos mais
sobre nós. Nos tornamos mais independentes, menos preconceituosos e complacentes em
aceitar outras culturas, outras formas de pensar e de viver.
Reciclamos
ideias, nos reinventamos, descobrimos quem realmente somos. Longe de casa, nos
desengessamos de moldes comportamentais impostos e por muitas vezes
ultrapassados e, sem estas referências que nos dão uma falsa segurança,
nos questionamos mais. Será que eu gosto mesmo disto ou eu não me dei a
oportunidade de conhecer além disto?
Enquanto
viajantes, deixamos a frescura em casa e dentro da mochila abrimos espaço para
experimentar. È so lembrar das senssações que as viagens causam em
nós, daquela euforia da chegada e a nostalgia da partida. Com uma máquina
fotográfica em punho e as retinas bem abertas, nosso espírito aventureiro
emerge e tudo o que importa è absorver ao máximo o diferente, o inusitado, o
novo e levar um pouquinho disto tudo pra dentro de nós.
Caminhamos
mais quando viajamos. Nos arriscamos mais em programas que não faríamos na nossa cidade, no nosso meio. Pegamos trem, ônibus e metrô sem nada de
encucação porque o foco está no passeio, não no transporte,
aliás, o que nos conduz faz parte do passeio. Olhamos mais pros outros na rua,
como se vestem, se comportam, a maneira que falam e gesticulam.
Quando
viajamos nos libertamos de nós mesmos. Daquela pessoa enraizada que não se
permite muito e se cobra tanto. Quando saímos do nosso habitat nos
permitimos oxigenar pensamentos e, ao voltar pra casa, tudo o que queremos è
sonhar e planejar um próximo encontro com a gente bem longe de casa.
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