sexta-feira, 20 de julho de 2012

MADE IN BRASIL



Atè pouco tempo atras, tudo o que vinha de fora era considerado melhor. Nos anos 90, música, comida, filmes, moda, esportes, cortes de cabelos e até mesmo trejeitos eram consumidos e preferidos pela maioria dos brasileiros que os elegia como superiores em qualidade.

Com a abertura do mercado externo, os importados das lojinhas de 1,99 viraram febre. Consumindo mais e mais o brasileiro começou a perceber que nem tudo que vinha de fora era necessariamente bom. Tranqueira é tranqueira em qualquer lugar do mundo. As rodinhas de plástico vagabundo que quebram na primeira brincadeira ou os cortadores de unhas que esfacelam antes de terminar a primeira mão são made in qualquer biboca do mundo e, mesmo sem conseguirmos entender o que dizem os rótulos, é possível identificar a porcaria adquirida.

Quem antes optava por usar camisetas de basebol e batizar os filhos de Mike, Kevin ou Johny, começou a cogitar a possibilidade de homenagear seus rebentos com nomes bem brasileiros. Maria, José e Antônio estão em alta hoje, no auge da popularidade nos cartórios de todo país.

Camisetas de futebol com os nomes das estrelas brasileiras vendem tão bem quanto as de astros de nomes difíceis de pronunciar. O rap, jazz ou hip hop disputam espaço com o forró, sertanejo e samba de raiz. Os chinelos Hawaianas são produto exportação, vendidos a preços salgados e andam desfilando em pezinhos gringos mundo a fora. O drink já não faz tanto sucesso quanto as caipirinhas. A produção em série chinesa cede espaço para a exclusividade do artesanato brazuca.

O Brasil está vivendo um feliz momento de redescoberta cultural, reverenciando sua autenticidade. Feito no Brasil. Soa bem, personaliza e engrandece!


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