Atè pouco tempo atras, tudo o que vinha de fora era considerado
melhor. Nos anos 90, música, comida, filmes, moda, esportes, cortes de cabelos
e até mesmo trejeitos eram consumidos e preferidos pela maioria dos brasileiros
que os elegia como superiores em qualidade.
Com a abertura do mercado externo, os importados das
lojinhas de 1,99 viraram febre. Consumindo mais e mais o brasileiro começou a
perceber que nem tudo que vinha de fora era necessariamente bom. Tranqueira é
tranqueira em qualquer lugar do mundo. As rodinhas de plástico vagabundo que
quebram na primeira brincadeira ou os cortadores de unhas que esfacelam antes
de terminar a primeira mão são made in
qualquer biboca do mundo e, mesmo sem conseguirmos entender o que dizem os
rótulos, é possível identificar a porcaria adquirida.
Quem antes optava por usar camisetas de basebol e
batizar os filhos de Mike, Kevin ou Johny, começou a cogitar a possibilidade de
homenagear seus rebentos com nomes bem brasileiros. Maria, José e Antônio estão
em alta hoje, no auge da popularidade nos cartórios de todo país.
Camisetas de futebol com os nomes das estrelas
brasileiras vendem tão bem quanto as de astros de nomes difíceis de pronunciar.
O rap, jazz ou hip hop disputam espaço com o forró, sertanejo e samba de raiz. Os
chinelos Hawaianas são produto exportação, vendidos a preços salgados e andam
desfilando em pezinhos gringos mundo a fora. O drink já não faz tanto sucesso
quanto as caipirinhas. A produção em série chinesa cede espaço para a exclusividade
do artesanato brazuca.
O Brasil está vivendo um feliz momento de redescoberta
cultural, reverenciando sua autenticidade. Feito no Brasil. Soa bem,
personaliza e engrandece!
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