terça-feira, 28 de agosto de 2012

DOCES ESCOLHAS



      Profeta Gentileza e suas palavras nos concretos da cidade. Fonte: Google imagens
 

Gentileza gera gentileza. Todo clichê carrega consigo uma boa dose de verdade. Uma pessoa gentil consegue arrancar sorrisos e desarmar até mesmo o sujeito mais casca grossa. Um gesto amável desencadeia bons sentimentos e quebra ao meio a arrogância de quem esta acostumado a triviais grosserias gratuitas.

Tem muita gente que anda engrossando o coro dos antipáticos e mal educados por puro capricho. Ao optar em furar a fila do banco, cortar a frente no trânsito, ignorar idosos e gestantes em pé no transporte público, não retribuir uma saudação e desdenhar de expressões sagradas como por favor, com licença e obrigado, esta turma escolhe também passar pela vida de uma forma mais amarga e pesada.

A prática do bom relacionamento anda um pouco sumida do manual de boas maneiras. Tá certo que desde cedo somos levados a competir pela vida de uma forma egoísta. Guerreamos por uma boa colocação no mercado de trabalho, lutamos por nossos direitos, travamos uma batalha contra a balança, peleamos por um amor inacessível e por vai. Desculpas  temos muitas para justificar o descaso com quem está ao nosso lado.

Parece que a elegância do comportamento caiu em desuso e foi atropelada pelo individualismo. Cada um focado exclusivamente em si, sem enxergar um palmo a sua frente. Uma miopia coletiva que cega para a doação. Gentileza é um hábito que deve ser exercitado diariamente e exige mais boa vontade do que sacrificio da nossa parte. Exige também um novo par de óculos com lentes que captam a longa distância o altruísmo.

Praticar a gentileza nos torna melhores e enobrece o espírito.
Pequenos atos grandiosos no dia a dia nos diferencia dos que esqueceram o valor da generosidade

O cuidado com o outro mostra mais do que educação. Revela o bem como essência. Nem é preciso exagerar como naquela cena famosa de filme, em que o mocinho estende o casaco numa poça pra donzela não molhar os pézinhos. Requer menos renúncia da nossa parte. Segurar o elevador, ajudar um idoso a atravessar a rua, dar uma informação a quem está perdido, ajudar a empurrar um carro que não pega, carregar sacolas pesadas. Atos simples mas que fazem a diferença pra quem faz e pra quem recebe.

Fazer o bem aos outros é reconhecer que todos à nossa volta são iguais e que estamos todos juntos neste mundo que pode ser mais doce se a gente quiser.

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