O filme
Maradona - La mano de Dios (2007), do diretor Marco
Risi, é uma biografia não autorizada sobre a vida do jogador argentino
Diego
Armando
Maradona. Protagonizado por Marco Leonardi, que destaca–se pela incrível
semelhança
com Maradona, o filme
mostra a paixão
pelo futebol, os excessos
e extravagâncias
ao
longo da vida do jogador.
Revela a trajetória polêmica em meio a drogas e leva este título por causa do segundo
gol marcado em uma partida histórica, entre Argentina e Inglaterra, pelas
quartas-de-final da Copa do Mundo de 1986. Por ter feito um gol de mão, o
jogador alegou que foi "a mão de Deus".
Idolatrado até hoje pelos argentinos junto a Evita Perón e Carlos Gardel, Maradona teve sua vida marcada por oscilações entre o triunfo
esportivo e a decadencia pessoal por conta do uso de cocaína durante muito tempo de
sua vida, inclusive enquanto jogava bola. Logicamente que a cocaína não faz ninguém jogar bola, mas potencializa
a força e o
vigor. Uma partida convencional
de 90 minutos, para quem consome entorpecentes estimulantes, dá duas doses extra de resistência e, portanto, uma
vantagem em relação
a quem está de cara limpa e com a língua de fora em virtude de todo esforço
fisico.
A questão aqui é que o filme de Dieguito
me fez refletir sobre os ídolos que cultuamos e seus apetrechos na
hora do desempenho. A droga pode auxiliar no resultado de um esportista? Taí
o teste de antidoping pra dizer que sim. E não só as substâncias químicas podem definir o placar para os atletas. Faz pouco
tempo que os supermaiôs impermeaveis dos nadadores, foram banidos das competições por favorecerem nas quebras de recordes de quem os
usava.
Há
cinquenta anos, na época de Pelé, por exemplo, quase não existia investimento
no jogador. Ao contrário de hoje em que a chuteira è feita sob medida, os uniformes
eram
desconfortaveis e tolhiam os movimentos. Naquela época a bola pesava mais
que o dobro das atuais, e mesmo assim o
futebol de Edson Arantes do Nascimento era
inacreditável.
O craque fazia miséria em campo e dava show com dribles e fintas que
o imortalizaram como o rei dos campos.
E a tecnologia usada na
Fórmula 1?
Privilegia ou não o piloto? Lembro muito bem da época em que Ayrton Senna
pilotava em condições adversas. Na chuva, com um
carro sem tanta potência em comparação aos
de hoje, a lenda
Senna compensava
com muito talento e braço. De lá pra
cá as coisas mudaram bastante. O design aerodinâmico, o painel de
controle, a roupa e todos os acessórios, dão uma mãozinha para que o piloto
conquiste a vitoria mais tranquillamente.
Mesmo
que o caminho seja a evolução
tecnológica para auxiliar os atletas, dá saudade do tempo em que ao esportista era primordial
ser saudável e para praticar o esporte bastava raça, dedicação, disciplina, suor e muito treino. E nem era preciso a
mano de Dios,
a benção já era suficiente.
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