terça-feira, 2 de outubro de 2012

SER OU NÃO SER?

                                                                     Fonte fotográfica:  Google imagens



O filme  Maradona - La mano de Dios (2007), do diretor Marco Risi, é uma biografia não autorizada sobre a vida do jogador argentino Diego Armando Maradona. Protagonizado por Marco Leonardi, que destacase pela incrível semelhança com Maradona, o filme mostra a paixão pelo futebol, os excessos e extravagâncias ao longo da vida do jogador.

Revela a trajetória polêmica em meio a drogas e leva este título por causa do segundo gol marcado em uma partida histórica, entre Argentina e Inglaterra, pelas quartas-de-final da Copa do Mundo de 1986. Por ter feito um gol de mão, o jogador alegou que foi "a mão de Deus".

Idolatrado até hoje pelos argentinos junto a Evita Perón e Carlos Gardel,  Maradona teve sua vida marcada por oscilações entre o triunfo esportivo e a decadencia pessoal por conta do uso de cocaína durante muito tempo de sua vida, inclusive enquanto jogava bola. Logicamente que a cocaína não faz ninguém jogar bola, mas potencializa a força e o vigor. Uma partida convencional de 90 minutos, para quem consome entorpecentes estimulantes, dá duas doses extra de resistência e, portanto, uma vantagem em relação a quem está de cara limpa e com a língua de fora em virtude de todo esforço fisico.

A questão aqui é que o filme de Dieguito me fez refletir sobre os ídolos que cultuamos  e seus apetrechos na hora do desempenho. A droga pode auxiliar no resultado de um esportista? Taí o teste de antidoping pra dizer que sim. E não só as substâncias químicas  podem definir o placar para os atletas. Faz pouco tempo que os supermaiôs impermeaveis dos nadadores, foram banidos das competições por favorecerem nas quebras de recordes de quem os usava.

Há cinquenta anos, na época de Pelé, por exemplo, quase não existia investimento no jogador. Ao contrário de hoje em que a chuteira è feita sob medida, os uniformes eram desconfortaveis e tolhiam os movimentos. Naquela época a bola pesava mais que o dobro das atuais,  e mesmo assim o futebol de Edson Arantes do Nascimento era inacreditável. O craque fazia miséria em campo e dava show com dribles e fintas que o imortalizaram como o rei dos campos. 

E a tecnologia usada na Fórmula 1? Privilegia ou não o piloto? Lembro muito bem da época em que Ayrton Senna pilotava em condições adversas. Na chuva, com um carro sem tanta potência em comparação aos de hoje, a lenda Senna compensava com muito talento e braço. De lá pra cá as coisas mudaram bastante. O design aerodinâmico, o painel de controle, a roupa e todos os acessórios, dão uma mãozinha para que o piloto conquiste a vitoria mais tranquillamente.

 Mesmo que o caminho seja a evolução tecnológica para auxiliar os atletas, dá saudade do tempo em que ao esportista era primordial ser saudável e para praticar o esporte bastava raça, dedicação, disciplina, suor e muito treino. E nem era preciso a mano de Dios, a benção já era suficiente.


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